A mim, não cabe buscar essa tal de "coerência
paradoxal", talvez por ser fiel ao simples,
Por ter preguiça às linhas mais complexas, ou não,
Por já sentir a evidência que situações contrárias
Me trazem.
Se por inúmeras vezes eu tremo de frio e fervo
de raiva, há o que buscar aí? Por outras,
Olho 24 vezes ao relógio, dias demoram a passar,
E ao fim, o ano mal passou, findou.
Há ainda aquela contraditória existência de antíteses
Como amor e ódio,
Uma moça de tanto amar está a beira do ódio,
basta mais um triz, Aí tu me diz,
como sentir os dois ao mesmo tempo?
Acho que viver sentindo é mais prazeroso
Que tentando explicar.
Por fim, O português brinca com a vida,
Eu me acabo em chorar de tanto rir.