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domingo, 22 de julho de 2012

Filho meu



Filho meu que está na terra,

Santificado é o teu ser.
Venha a mim com aquela alegria,
Seja refeita a tua saúde ,
Assim na terra como no sob o véu.
A tua ração de cada dia coma hoje,
Perdoai as minhas restrições,
Assim como perdoastes o cão que ousou pisar na tua calçada.
Não deixeis, senhor, meu filho cair mais uma vez no chão ,
E livra-o da morte,

                                  Amém.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

RetrATO de Bailarina


Sapatilha na ponta do quadro,
Rumo apontado e os calos nos pés.
Testa lisa, esta brilha com o suor.
O coque fino seduz aquele de palitó, platéia,
E ainda ousa mostrar o pescoço,
Enquanto a inércia consome o moço que de bobo se faz.

Outrora, chama-se de negro
O cisne que dança o solo no cenário.
Aplausos para os passos,
Olhares para os gestos,
E o ângulo da boca que sorrir
Faz o 180° de volta,
Já que nem mesmo a artista
consegue ser mantida pelo blush por todo o tempo.

domingo, 1 de julho de 2012

Mês do Feno


Antes do desgosto do próximo,
A antítese deste.
Morte e vida doquina, 
A morte e o amar-te. 
Nascimento de tantos irmãos.
É tempo de milho debulhado,
De nó preso que se solta à caixa colorida 
enlaçada no segundo dia, o meu.
31 vezes vinte e quatro horas contendo
 um panorama que nunca sairá do eixo s.