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sábado, 10 de maio de 2014

O que faz você feliz?

Quando a reta é longa demais, as curvas soam como distrações, porque a visão do mesmo horizonte ora falha, ora cansa. Quando tudo é previsível demais, óbvio, sem surpresas, quando os detalhes estão comendo poeira, eis o tempo de refletir. Os detalhes fazem conosco o que a normalidade fadiga, eles convertem aquela tarde hipocorada, em um turno psicodélico. Os detalhes, ah, os detalhes... Já diria um dicionário "Que é minucioso, particular", já diriam Roberto e Erasmo em 71 "Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada, do tempo que transforma todo o amor em quase em nada."[...]
O que seria da música sem eles? O que seria da vida sem eles? E quando eles somem, o que fazer? 


terça-feira, 29 de abril de 2014

Recomeçar

Às vezes é necessário parar, pausar, ver onde estamos para podermos ir adiante.
O valor que damos à dor, ao passado que dói muitas vezes nos impede de viver o hoje,
De saborear as horas de um dia feliz, ensolarado, cheio de sorrisos para nos oferecer,
E alimentamos o rancor, a vingança, as lamentações. Pare. Este é o momento de parar.
Deixe que tudo que há de bom possa reavivar dentro de ti, a ponto de em algum dia, você abrir os olhos com o amanhecer, lembrar do que te fez mal e a única coisa que virá em resposta será um sorriso.
Um sorriso de satisfação e de vitória,
Um sorriso que anula as mesmices pecaminosas,
Um sorriso que motiva o real sentido da vida: viver.
Perdoe, ame, mas não deixe de aprender com a dor,
Afaste de ti o que te faz mal,
E saiba o valor que você tem, afinal, a felicidade mais segura que podemos ter
É aquele que, aparentemente, não tem motivo algum. Pelo menos, não por outro humano.
Pause,
Pense,
Recomece,
Viva. 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Bagagem



Cochilo no berço da saudade,
Mesmo que a idade permita-me reviver,
Fecho os olhos e ressinto
O que os anos levaram sem dó.

Bagagem nas costas pras bandas de lá,
E o bater do vento no rosto dá um gosto de vida
Que a minha própria estiga por vezes
Quer duvidar.

Sem rumo, sem prumo,
Um tato com a brisa,
Um pacto com a música,
Um fato escrito: dois chinelos nos pés,
E nada mais.