E agora, após o frio na barriga
E a incerteza do agudo entoado,
A saudade me faz pensar,
O quanto vale no palco estar.
Pessoas se arrepiam, eu tremo,
Meninas gritam, eu sorrio,
Meninos assobiam, eu disfarço,
Homens e mulheres aplaudem, eu choro.
O teatro ecoa e ali eu digo que
O meu prazer é infinito.
Total de visualizações de página
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
A pirralha e a migalha
Folha vazia que finda farta de vazios.
Natal, Ano novo, uma sobrancelha e meia, Carnaval,
Páscoa, São João, Dezoito, Vinte ... Finados.
Tudo nasce para morrer, o peru no esgoto,
A ano findado, vestibular é retrato,
Fantasias desbotam, o ovo tem validade,
a quadrilha despida, Dezenove,Vinte e um, Finados e flores.
Entre validades e calendários perco tempo insistindo
na tentativa de saber o porquê da felicidade se meus
mais trabalhados sorrisos são migalhas que não me
compram mais de cem anos, "sem mais".
Natal, Ano novo, uma sobrancelha e meia, Carnaval,
Páscoa, São João, Dezoito, Vinte ... Finados.
Tudo nasce para morrer, o peru no esgoto,
A ano findado, vestibular é retrato,
Fantasias desbotam, o ovo tem validade,
a quadrilha despida, Dezenove,Vinte e um, Finados e flores.
Entre validades e calendários perco tempo insistindo
na tentativa de saber o porquê da felicidade se meus
mais trabalhados sorrisos são migalhas que não me
compram mais de cem anos, "sem mais".
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Pós só nós
Um pensamento, branda é a vista parada da menina.
Não resumido à igreja, arroz e retalhos brancos,
Mas também de pós, cheia e céu azul, um mel de lua, Noronha.
Vento no rosto,
Água no corpo,
Coco na boca,
Pé na terra,
E fogo na nuca.
Tempo curto em que os prazeres serão ditados
Sem serem ditos, pois a lembrança guardará
Todo o segredo daquelas férias de rotina de
Um amor teimoso e uma paixão medonha.
Não resumido à igreja, arroz e retalhos brancos,
Mas também de pós, cheia e céu azul, um mel de lua, Noronha.
Vento no rosto,
Água no corpo,
Coco na boca,
Pé na terra,
E fogo na nuca.
Tempo curto em que os prazeres serão ditados
Sem serem ditos, pois a lembrança guardará
Todo o segredo daquelas férias de rotina de
Um amor teimoso e uma paixão medonha.
domingo, 5 de setembro de 2010
Chuva e calor
A mim, não cabe buscar essa tal de "coerência
paradoxal", talvez por ser fiel ao simples,
Por ter preguiça às linhas mais complexas, ou não,
Por já sentir a evidência que situações contrárias
Me trazem.
Se por inúmeras vezes eu tremo de frio e fervo
de raiva, há o que buscar aí? Por outras,
Olho 24 vezes ao relógio, dias demoram a passar,
E ao fim, o ano mal passou, findou.
Há ainda aquela contraditória existência de antíteses
Como amor e ódio,
Uma moça de tanto amar está a beira do ódio,
basta mais um triz, Aí tu me diz,
como sentir os dois ao mesmo tempo?
Acho que viver sentindo é mais prazeroso
Que tentando explicar.
Por fim, O português brinca com a vida,
Eu me acabo em chorar de tanto rir.
paradoxal", talvez por ser fiel ao simples,
Por ter preguiça às linhas mais complexas, ou não,
Por já sentir a evidência que situações contrárias
Me trazem.
Se por inúmeras vezes eu tremo de frio e fervo
de raiva, há o que buscar aí? Por outras,
Olho 24 vezes ao relógio, dias demoram a passar,
E ao fim, o ano mal passou, findou.
Há ainda aquela contraditória existência de antíteses
Como amor e ódio,
Uma moça de tanto amar está a beira do ódio,
basta mais um triz, Aí tu me diz,
como sentir os dois ao mesmo tempo?
Acho que viver sentindo é mais prazeroso
Que tentando explicar.
Por fim, O português brinca com a vida,
Eu me acabo em chorar de tanto rir.
domingo, 15 de agosto de 2010
"Eu, Falo.
O meu gozo não é marcado,
contado no relógio.
Não é preso nem reprimido.
Que sejam dele os instantes
que lhe couberem ser.
Que me venha sempre em par.
Que depois de muito custo
me acenda um cigarro e me
trague até o filtro.
Me traga do filtro
água boa para beber e
um naco de doce."
( Retirado do "ressacadeideias.blogspot.com";
Escrito por Jon Moreira )
contado no relógio.
Não é preso nem reprimido.
Que sejam dele os instantes
que lhe couberem ser.
Que me venha sempre em par.
Que depois de muito custo
me acenda um cigarro e me
trague até o filtro.
Me traga do filtro
água boa para beber e
um naco de doce."
( Retirado do "ressacadeideias.blogspot.com";
Escrito por Jon Moreira )
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Use-a
Um gole de tudo que ainda não me desceu
E um descarte,deixo a mesmice à parte.
Sentir o pulso dos putos, e brindar
A revolta das humanas, putas da vida.
E um descarte,deixo a mesmice à parte.
Sentir o pulso dos putos, e brindar
A revolta das humanas, putas da vida.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Longe de mim
É inverno e o meu calor só aumenta,
O único frio que tenho é teu silêncio,
tua ausência.
Tá calor, cochicho no pé do ouvido
E por um segundo tudo o que é de lei se desdenha,
Some o rótulo de intocável, sumiço perigoso embora
Ninguém seja mesmo de osso e de osso.
Mas ainda é inverno, tudo deveria ser
Ímpar, cada qual com seu par, mesmo que só,
Só que cada vez que o relógio volta pro mesmo
Ponto, meu pensamento já tá fervendo,
É um inferno de um verão que nunca chega.
O único frio que tenho é teu silêncio,
tua ausência.
Tá calor, cochicho no pé do ouvido
E por um segundo tudo o que é de lei se desdenha,
Some o rótulo de intocável, sumiço perigoso embora
Ninguém seja mesmo de osso e de osso.
Mas ainda é inverno, tudo deveria ser
Ímpar, cada qual com seu par, mesmo que só,
Só que cada vez que o relógio volta pro mesmo
Ponto, meu pensamento já tá fervendo,
É um inferno de um verão que nunca chega.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Reza oriunda
Perdoa eu, Deus...
Das virtudes que em mim esmoreci,
Dos males que a mim fiz,
Dos tortos que me encorpei,
Da fraqueza, infeliz.
Das virtudes que em mim esmoreci,
Dos males que a mim fiz,
Dos tortos que me encorpei,
Da fraqueza, infeliz.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
" De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh`alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu
Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé
Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão
Minha vida depende só do teu encanto
Cila pode ir tranquila
Teu rebanho tá pronto
Teu olho que brilha e não para
Tuas mãos de fazer tudo e até
A vida que chamo de minha
Neguinha, te encontro na fé
Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer
Ó meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela, que ela me benze aonde eu for
O fardo pesado que levas
Desagua na força que tens
Teu lar é no reino divino
Limpinho cheirando alecrim "
DONA CILA - GADÚ.
Um ano sem você, que saudade, neguinho.
Metade foi tu que me deu
Salvando minh`alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu
Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé
Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão
Minha vida depende só do teu encanto
Cila pode ir tranquila
Teu rebanho tá pronto
Teu olho que brilha e não para
Tuas mãos de fazer tudo e até
A vida que chamo de minha
Neguinha, te encontro na fé
Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer
Ó meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela, que ela me benze aonde eu for
O fardo pesado que levas
Desagua na força que tens
Teu lar é no reino divino
Limpinho cheirando alecrim "
DONA CILA - GADÚ.
Um ano sem você, que saudade, neguinho.
domingo, 27 de junho de 2010
Batuque Bobo
Afoito-me a vagar canto de cadeado,
Que o passado lembra,
O presente atenta
E o futuro encadeia,
Íris aumenta, mas,
Se por uma sorte do azar
me cruzo com seus pés,
Meu pessimismo me falha,
falta, dá até pra sentir no ar,
o aprazível aroma de estar,
amar.
Que o passado lembra,
O presente atenta
E o futuro encadeia,
Íris aumenta, mas,
Se por uma sorte do azar
me cruzo com seus pés,
Meu pessimismo me falha,
falta, dá até pra sentir no ar,
o aprazível aroma de estar,
amar.
domingo, 13 de junho de 2010
O último parágrafo
O tempo escorre pelas mãos,
as verdades se petrificam,
Desejos se contraem e o que se
tem cabe na longitude dos olhos.
Poesia vista, retrato em preto e branco,
cansaço não batido, progressão que
sufocou sem nada, nada mais.
O tempo escorre pelas mãos,
as mentiras bobas são piadas do
futuro, serão chamadas de aprendizes,
e a tinta que eu usava, venceu.
as verdades se petrificam,
Desejos se contraem e o que se
tem cabe na longitude dos olhos.
Poesia vista, retrato em preto e branco,
cansaço não batido, progressão que
sufocou sem nada, nada mais.
O tempo escorre pelas mãos,
as mentiras bobas são piadas do
futuro, serão chamadas de aprendizes,
e a tinta que eu usava, venceu.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Caipira pira, Caipora
Do lado de uma fumaça que não muito me agrada,
uma irmã insana inocentemente, lapidada
mas ainda confusa, só que tenta suprir
qualquer rumo que minha palavra há de tomar, sumir.
Com ela, conversa tola nas manhãs, papo cabeça nas
noites em pé, sentadas no areal vendo o tempo pausar
na cheia que seduz todos os sensíveis, sábios.
Ciente de meus mais lacrados segredos, Companhia
para as tardes de risos lacrimejados e choros pré-sorrisos,
me faltou por um bom tempo o complemento que me faltava,
mas desde a mesa farta de pratos limpos, que o perdão e
a vontade selaram a eternidade para mim e para ela.
uma irmã insana inocentemente, lapidada
mas ainda confusa, só que tenta suprir
qualquer rumo que minha palavra há de tomar, sumir.
Com ela, conversa tola nas manhãs, papo cabeça nas
noites em pé, sentadas no areal vendo o tempo pausar
na cheia que seduz todos os sensíveis, sábios.
Ciente de meus mais lacrados segredos, Companhia
para as tardes de risos lacrimejados e choros pré-sorrisos,
me faltou por um bom tempo o complemento que me faltava,
mas desde a mesa farta de pratos limpos, que o perdão e
a vontade selaram a eternidade para mim e para ela.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Me vejo, vejo que não me vejo bem. Sempre
aqui, rios por conta dos risos e seca, só que
pra confutar, desembucei a seca de tanto
chover, secou. Eu me atinava nas verdades e
odiava quem a mim mentisse, agora tolero umas
tais de mentiras sinceras, e me perco, na verdade.
Engoli tanto pra sorrir por aí afora, jorrei pouco
pra não magoar mais, e assim fui vendo que
" Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta. "
aqui, rios por conta dos risos e seca, só que
pra confutar, desembucei a seca de tanto
chover, secou. Eu me atinava nas verdades e
odiava quem a mim mentisse, agora tolero umas
tais de mentiras sinceras, e me perco, na verdade.
Engoli tanto pra sorrir por aí afora, jorrei pouco
pra não magoar mais, e assim fui vendo que
" Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta. "
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Opacidade de um velho brilho
A quatro passos da esquina, recuo. A três metros da felicidade, o choro. À duas palavras do pedido, o pensar. A um segundo do olhar, um desencontro. Já fui de pensar que viver seria optar por euforia, por constantes suspiros provenientes do cansaço de pular e de gritar o nome de alguém, mas inúmeros foram os motivos que me fizeram recuar, chorar, repensar e desencontrar-me. Quando eu pensava que ao acordar sentiria os braços do sol atravessando minha janela, eu via uma tempestade que desordenava toda a fotografia do meu sonho do meu dia sucessor. Quando eu pensava que ao sair de casa veria crianças meladas de barro brincando na rua, eu as via brincando de esperar a bondade dos outros para que suas mãos se lotassem de moedas que não acumulavam mais que um real. Quando eu pensava que o amor era divino, bondoso e único, eu o via sendo trocado por liberdade, por egoísmo. Depois de ir e vir, senti que a água barrenta da tempestade lá fora, entrou no meu humilde universo particular até então brando, e hoje sinto o gosto amargo da realidade, que na minha inocência da década passada era o bicho papão do qual meus adultos tanto me abraçaram para eu não ter medo, porém eles também faziam parte desse pesadelo. Contudo, não os digo que sou infeliz, até porque não existem motivos justos, sou um tanto alegre e eufórica, porém uma eterna calculista, que hoje não mais daria a troco de banana o peito para apontar-lhe o temido tiro.
Assinar:
Postagens (Atom)