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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Anunciação ...

Antes saudade, ante.
Desfaço.
Vinda de cabeça baixa.
Quem sabe depois ...
Tempo ao tempo,
Sem esperas.
Domingo pé de cachimbo grosso
E de fofoca de serventia,
Repúdio milagroso,
Poderoso e eficaz.
Desdigo, não sinto, já foi.
Sexta-feira pé de macumbeira fina,
Troca de olhares,
Novos ares.
Frio na barriga,
Quem sabe se pela moto,
Ou pelo ar de dentro,
Beijo inocente,
Abraço apertado,
Arrepio calado que guarda o fim.
Fim tirado da gaveta de ouro,
O que era de seu Zé,
Hoje é de seu fulano.
... Eu já escuto os teus sinais.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O guerreiro e a espada de plástico

Pinto e desboto o canto da parede em que guardo o segredo.
Antes fosse segredo de telefone sem fio.
Imagino eu, quando é que poderei olhar para mim sem um grau de covardia.
Não sustento a minha carga de guardar ou de contar, só prefiro não ser
Hostil com ele, com ela, com meu sono.
O que a justiça de Deus fizer... Eu caibo na espera e nada mais.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Os prós da insônia

Quatro paredes lilás, um teto branco e eu. Tento parar de pensar em tudo que me ofusca: nas perdas, nos desencontros, nos desperdícios, nas passagens que nunca foram de ida. Deixo de lado esse peso da ausência, esse medo de deixar a existência e me apego ao que tenho, ao que sou e ao que ainda posso ser, nos quadros e nos abraços que geram boa nostalgia.
O Homem solta malícias ao vento e percebe que a criticidade, a qual se empenha a fazer, nunca lhe traz nada de bom, são só fofocas de gaveta, gaveta de maldade, e, a leveza de estar em par com Deus faz-o sentir a vitalidade de ser capaz de construir tudo o que “todos” apontam como improvável.
Olho pra cima, e diferente de outrora, vejo que o teto do meu quarto é só uma peneira pela qual devo passar. Esse teto será o meu chão.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Voto de confiança: estimulador; Crédito de confiança: excitante

" Seu amor me contagia, aliás, não só o amor, mas sua alegria, seu sorriso, suas palhaçadas, seus momentos serenos e tudo mais.
A grande bonequinha da turma cheia de dons... dom da voz, da arte, da criatividade, da alegria. Sou muito feliz por ter a certeza da sua presença em meu caminho.Quero sempre aplaudir vc por suas conquistas, independente de estar ou não na platéia."
É de caráter exibicionista sim, mas de fora pra fora, porque a potencialidade que um depoimento como esse causa em mim, ou de qualquer sorriso sincero que me mostre positividade ou uma criticidade inovadora, me enche de vontades, me farta a mesa de coisas boas, de combustível. Daqui eu só saio se for pra nascer de novo em 2 de Julho com você. Perdoe-me pelos estresses do cotidiano, basta saber que o que tenho guardado é muito mais substancial que uma careta não concordando com algumas de suas opiniões. No mínimo, sou louca por você. No máximo, eu te suporto porque convivo contigo. É assim que a gente vive: inversamente proporcionais.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Quando o centavo virar nota ...

Quero uma vida que valha.
Vida que ouse por ousar sem pensar tanto em resultados.
O canto é O maior desejo, mas ir de canto a canto também me caberia bem,
Sem saber quando voltaria, só com a ida em mãos.
Tenho raiva de umas regras, não as de respeito e ética, mas as de limites medíocres
Que te prendem sem você nem saber o porquê, só pelo gosto doce que dá pr'os vizinhos.
Eu tenho que me obedecer. Tenho que respeitar a euforia, curiosidade e o tanto de adrenalina que gasto só em pensar em atender os anceios que anoto no fim do caderno enquanto aquela aula chata não completa aquela sofrido minuto. "Como seria se...", seja. Totalmente desestigante é a idéia que você pode não atender a um grande desejo, é mais plausível deixar de tanta idiotice satisfatória e ir pra onde teu momento for. Coragem não se espera, ela pode até não chegar, vai com a cara e sem a coragem, apenas com vontade de ir.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Apetite

Antes a saliva viesse pra fazer a bagunça com o gástrico,
Agora eu cato, afasto e retardo o alimento que vier.
Tamanha é a culpa do meu psicológico na estória,
Psicólogo, por sua vez, seu trabalho não exerce.
Era tarde, o lanche não entrou, agora é noite e o pratão
De Sopa passo-a-passo se recua da boca.
Sorte da acadêmica que esse fastio é temporário,
Azar meu, teu e dos seguidores se fossem traídos mais de uma vez.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O s outro s meu s

Maria coloca duas xícaras de café, ela toma-o em apenas uma.
João põe um travesseiro do lado do dele, acaba dormindo só a noite inteira.
Zé faz a chamada na sala de aula, chama o mesmo nome 2 vezes e ainda não bota falta.
Anita sente um vazio no palco, faz uma noite instrumental enquanto a voz faltava.
E Fulano e Sicrano, compram os dois um ingresso a mais para "Aline".
O valor que essas pessoas dão enquanto há o meu silêncio é a resposta que preciso para minhas questões de infelicidade momentânea. O que mais vale a pena em estar aqui, é saber do que represento para os meus demais...
São tanto os meus pedaços quanto eu.



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Antes fosse 1º de Abril ...

E eu venho me perguntando nessas últimas horas se minha sensibilidade é da tensão pré-menstrual,
ou da tristeza pós-morte. Se é de mais um ciclo que vem, ou de mais um ciclo injustamente que foi.
Cada coisa que leio, que escuto, que vejo, é uma dorzinha a mais, como se fossem conhecidos,
E na verdade são, são de carne, de osso e de sonhos como eu.
Me revolto em saber que tantas coisinhas foram interrompidas: Aquele primeiro amor
que não foi nem começado; Aquele sonho de modelo que nunca pisou numa passarela;
Aquele tão sonhado jaleco com o nome Doutor no peito, ou, aquela mera vontade de ser
feliz mais um dia. Até hoje, só vivi 18 anos e sinto que apesar de tanta coisa já ter passado,
é passado, o futuro é maior, bem maior na inocente esperança que tenho de viver no mínimo 100 anos.
Eles nem puderam saber " Por que ele tá tirando meu direito de viver, por quê?! " Não deu tempo
Só deu tempo de pensar: Mamãe, papai ...
É revoltante, é angustiante saber que nossa imunidade para as brilhantes mentes humanas
é infimamente existente, basta estar na hora, no momento e no lugar exato.
Bom descanso, pequenos.Isso não é hipérbole, nem hipocrisia, nem tentativa que ninguém veja que sou
isso ou aquilo, é apenas uma sincera vontade de dizer que eu sinto muito.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sem Se

Se eu fosse sempre reta eu não daria tanto valor ao meu clímax.
Se eu quisesse sempre algo do mesmo jeito, não teria as oscilações que dão o charme.
Se você fosse sempre novo, sem rugas, sem birras, sem fuga .. sem graça.
Se meus pais fossem auto-falantes de "sins", minha consciência seria assim, assado.
Se tudo que me cerca nunca fosse pintado de novo, de uma nova cor, eu não
Estaria aqui dando preço ao apreço que tenho pela mistura, pela mudança, pela
Mímica que é feita toda vez que algo interessante fica frente a mim. Se, se, se ..
Se eu fosse igual a ontem, hoje eu não teria ído, voltado, não saberia como...
Eu só seria se.