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quinta-feira, 21 de abril de 2011

O s outro s meu s

Maria coloca duas xícaras de café, ela toma-o em apenas uma.
João põe um travesseiro do lado do dele, acaba dormindo só a noite inteira.
Zé faz a chamada na sala de aula, chama o mesmo nome 2 vezes e ainda não bota falta.
Anita sente um vazio no palco, faz uma noite instrumental enquanto a voz faltava.
E Fulano e Sicrano, compram os dois um ingresso a mais para "Aline".
O valor que essas pessoas dão enquanto há o meu silêncio é a resposta que preciso para minhas questões de infelicidade momentânea. O que mais vale a pena em estar aqui, é saber do que represento para os meus demais...
São tanto os meus pedaços quanto eu.



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Antes fosse 1º de Abril ...

E eu venho me perguntando nessas últimas horas se minha sensibilidade é da tensão pré-menstrual,
ou da tristeza pós-morte. Se é de mais um ciclo que vem, ou de mais um ciclo injustamente que foi.
Cada coisa que leio, que escuto, que vejo, é uma dorzinha a mais, como se fossem conhecidos,
E na verdade são, são de carne, de osso e de sonhos como eu.
Me revolto em saber que tantas coisinhas foram interrompidas: Aquele primeiro amor
que não foi nem começado; Aquele sonho de modelo que nunca pisou numa passarela;
Aquele tão sonhado jaleco com o nome Doutor no peito, ou, aquela mera vontade de ser
feliz mais um dia. Até hoje, só vivi 18 anos e sinto que apesar de tanta coisa já ter passado,
é passado, o futuro é maior, bem maior na inocente esperança que tenho de viver no mínimo 100 anos.
Eles nem puderam saber " Por que ele tá tirando meu direito de viver, por quê?! " Não deu tempo
Só deu tempo de pensar: Mamãe, papai ...
É revoltante, é angustiante saber que nossa imunidade para as brilhantes mentes humanas
é infimamente existente, basta estar na hora, no momento e no lugar exato.
Bom descanso, pequenos.Isso não é hipérbole, nem hipocrisia, nem tentativa que ninguém veja que sou
isso ou aquilo, é apenas uma sincera vontade de dizer que eu sinto muito.