Pai, que faço com o cálice maldito que quer me tomar antes que eu o beba?
Ele me embebeda antes mesmo que eu sinta o efeito do etanol circulando o corpo.
Me transforma na antítese da felicidade utópica e na tristeza de mendigo só, em segundos.
Que faço com o cálice? derramo?
E se mesmo assim ele voltar com a chuva pelo cheiro do ralo?
Pai, é de todo o coração que te peço, afasta de mim esse cálice,
Cálice da angústia, da loucura, do chumbo eterno, do choro infeliz.
Cálice da fala, Cale-se pelo calo que fez.
Se cale.