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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vinho destinto

Pai, que faço com o cálice maldito que quer me tomar antes que eu o beba?
Ele me embebeda antes mesmo que eu sinta o efeito do etanol circulando o corpo.
Me transforma na antítese da felicidade utópica e na tristeza de mendigo só, em segundos.
Que faço com o cálice? derramo?
E se mesmo assim ele voltar com a chuva pelo cheiro do ralo?
Pai, é de todo o coração que te peço, afasta de mim esse cálice,
Cálice da angústia, da loucura, do chumbo eterno, do choro infeliz.
Cálice da fala, Cale-se pelo calo que fez.
Se cale.

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