Total de visualizações de página

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Tiro pela culatra

Ai de mim, querubim,
Que achei graça na arma
E quis te acertar.
Ai de mim, serafim,
Que deixei de tampar a culatra, trá.
Ai de mim,
Que não vi o risco d'eu me acertar, sair dos gonzos.
Será o fim?
Que seja o sim das mãos.
In.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Significado

O alvoroço é tanto que bole com meu sono.
Saberei nunca se é um somatório.
Todavia, nunca houve um elo tão apelativo comigo.
A música.
E o grande medo seria esse, ponto fraco.
Ponto que desequilibra às beiras,
corda bamba. 
Mentalize uma criança correndo num piso escorregadio
na chuva. Ela tem ciência sobre o risco de queda, mas a emoção de 
estar lá, é maior, talvez única. É só aquela oportunidade: deslizar ou se 
erguer definitivamente.
[...]"A glória dos deuses."



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Vilarejo

         ... Escuta o arpejo vindo por trás daquela parede turva.
O som é meio desalinhado pelos cachos 
que se curvam por entre as cordas.
Todavia, refinado.
Moço do zoom exagerado,
vê a comadre cantarolando a melodia 
sem nunca tê-la visto.
Ali, no cenário sereno,
A empatia daquele moço pelo traço sem graça,
Fez com que ela percebesse que não há solidão,
Senão uma Vila, 
Vela,
Ar,
Vejo, 
Ouço,
Viola,
Arpejo...


"Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar" (De fundo, a melodia)
                                                             
        Com amor, Vilarejo.





segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Cal(e)ma


Olhe bem o além...
Ali, nos subtons do azul,
O movimento é: ir; vir.
A cor está condicionada a como se sentir.
É onda pra cá,
É barro pra lá,
Tem instante que parece ter trema no nome do mar.
Pelo prisma do cabo branco é mais linear,
mas nas costas da África há o calema que só me faz boiar.
Boiar no se, no será,
Quem sabe até afogar-me ou nadar?!
São ondas de pensamentos que parecem não cessar,
E lá vem ela aqui se quebrar pra depois recuar e voltar, voltar e recuar.