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domingo, 29 de abril de 2012

Plooma



Eu tenho pena da tua imensa loucura.
Pena da tua capacidade hipócrita , fingir que nada te importa.
Tenho compaixão da tua carência,
E de tudo que você pinta para suprí-la.
Tenho pena do amanhã que te reserva,
Do vazio que tu tentas preencher agora.
Tenho pena dos teus vícios, da tua maldade amadora,
E do teu olhar insinuante de vingança.
Guardo suaves penas de ti.
E sei que, um dia quando eu for uma despenada,
A gente vai sentar os nossos quadris na minha roda de cimento,
E eu vou poder te falar o quanto você evoluiu.
Tenha ódio por mim que eu guardo a esperança da tua evolução.
Até lá.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A cor da íris

Saí da aula de canto lírico,
Comecei a pintar quadros.
Pinto quadros por ter tantas cores,
Quando outrora, só o cinza.
E, antes que esse colorido vire homogêneo,
me dê o seu pincel.
Me dê o seu pincel
Pra que eu desdenhe o desenho triste.
Me faça de pitel,
que eu bordo com red da terra ao céu,
O canto da boca que eu quero triscar.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Anti

De tanto canto
Que mostro o ponto
 D'onde vejo o erro,
 Tonto sou
 Que me faço crer
 Nos tombos sem querer.
 Sei que assombro
 E tinto a máscara do não saber,
 Como sinto que finjo
 Que tudo adverbia, "normalmente".
 Pelo menos tente
Que o ódio desnature pro lado aprendiz.
 Pelo menos faça
Com que toda a desgraça
 Seja memorável pelo ronco,
 No quadro, do giz.

domingo, 15 de abril de 2012

Amém

E de repente me vem um sorriso bobo,
Um riso tolo
E uns gestos toscos,
De quem não quer mais pensar em nada,
Além de você.

sábado, 14 de abril de 2012

...
..
.
Será?

sexta-feira, 13 de abril de 2012

E de que me servem os poros se não for pra expulsar ?
E a língua se não for pra descelebrar minhas idéias?
E o fígado se não exagerarmos uma vez na vida com gorduras e etanol?
E as bordas do corpo se não for pra seduzir minunciosamente? Só pelo retorno do espelho pra auto-estima?
E os dedos se não for pra dedilharem cordas de aço? (mesmo que corte)
E as fotografias se não sentí-las como quanto tiradas? Cristalino 0paco?
E se o “e” só for no sentido de soma e não de hipótese?
Viva a relatividade e a desobediência ainda respeitosa e sã.
Mate a vida morta, viva com todo o fôlego que seu pulmão te dar.
Deixe de ingratidão pra quem cobra tão pouco pra te manter vivo.
É muito trabalho, mesmo quando você repousa.
Seja grato, recompense, viva para morrer por motivos justos.
-
É um, dois, três e ...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Há quem prefira a cegueira. Eu, do lado de cá, lá e afins, prefiro o cru. Tem coisa no mundo que os carentes entendem como querem. Há também quem prefira a maldade, o riso do mal, a gargalhada que dobra e depois amarela os dentes e amarga as tonsilas: questão de tentar sedução, talvez, Ingenuidade. Há quem diga tanto e nada faça, ou aqueles que são mudos e constroem metrópole. Há quem se afogue no remorso e que se sinta desmerecedor do toque. Há quem escute uma música e se lembre de outrem, é, aquele distante que mesmo que perto é de longe. Há quem faça arte e quem desarme toda poesia bem feita no mundo. Há quem tenha saúde e queira etanol ao invés de água e quem tenha hepatites e queira água benta. Não é nada homogêneo o olhar que dá pra se ver do mundo, existe milhares de detalhes que nos façam acreditar no absurdo das diferenças, cada surpresa, cada achar em vão, cada conhecer. Quem sou? Um tanto de tudo e pouco de nada. Talvez, não há nada que eu não seja nem um por cento, nem um cento por inteiro. A tudo que aponto, a tudo que critico e que elogio, há um fenótipo em mim que me condena e que me glorifica. Amém.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O lactato

Ele aparece quando o caos á anaeróbio,
Respira a caipora e as cinzas daqueles,
Quando o cortisol me vem às tampas,
E até, quando o prazer cessa, máximo, queimação.

É a resposta do grande esforço,
Do esgotamento das forças também,
É o fio que finda a disposição,
E a linha tênue que clama o repouso.

...

Até que chegue um outro estímulo,
Um motivo maior para a contração,
Nada que se repita,
Nada que se finja,
Nada que se queime tanto,
Até que se façam laços no tato do querer.

domingo, 1 de abril de 2012

Chega pro Rio, Rir da chaga

Nada precisa ser dito.
Quissá, um até, contando que o Rio em 1º de Abril continua lindo.
E a vergonha na cara das "putas" volta para as mesmas
Com toda a dignidade que uma santa tem.
Vontade de ir, e não de vir.
Afinal, quem trocará o sol fresco matinal
pelo mormaço do nublado? "Chega da chaga da dor."
É ... eu disse.